A declaração é uma crítica aos resultados da Rio+20, que, segundo o texto, “repete o falido roteiro de falsas soluções defendidas pelos mesmos atores que provocaram a crise global”.
Segundo o texto da Cúpula, a chamada economia verde estaria entre estas falsas soluções, uma vez que continua a estimular o consumo frenético, a apropriação e concentração das novas tecnologias, os mercados de carbono e biodiversidade, a grilagem e estrangeirização de terras.
O documento não apresenta soluções concretas, mas oferece linhas gerais de um modelo alternativo:
“A defesa dos espaços públicos nas cidades, com gestão democrática e participação popular, a economia cooperativa e solidária, a soberania alimentar, um novo paradigma de produção, distribuição e consumo, a mudança da matriz energética, são exemplos de alternativas reais frente ao atual sistema agro-urbano-industrial”, diz o documento.
A declaração da Cúpula dos Povos será entregue hoje ao secretário-geral da ONU Ban Ki-moon. Leia Aqui o texto completo.
“A verdadeira Rio+20 aconteceu no aterro do Flamengo”, disse Nilo D’Ávila, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace. “Na Cúpula dos Povos, a sociedade civil pôde discutir sem as amarras do processo convencional, que se limita ao possível e não ao necessário para salvar o planeta.”